O Grémio Literário de Língua Portuguesa foi oficialmente inaugurado na Galeria Almada Negreiros do Consulado Geral de Portugal em Toronto na Quinta-feira, dia 26 de Outubro de 2006, pela Sra. Cônsul de Portugal, Dra. Maria Amélia Paiva, que proferiu as seguintes palavras:.

Dra. Mª. Amélia Paiva apresentado o Grémio Literário - Ricardo de Castro Lopo, Óscar Monteiro e José Carlos Teixeira - Audiência Senhores Dirigentes do Grémio Literário de Língua Portuguesa Ilustres Convidados/as e Caras/os Estudantes de Português Minhas Senhoras e meus Senhores         É com muita honra e gosto que em meu nome e em nome do Consulado Geral de Portugal nesta cidade de Toronto vos dou as boas-vindas a esta vossa casa.         É com muita satisfação que quero publicamente congratular os fundadores do Grémio Literário de Língua Portuguesa pela iniciativa de constituição desta Associação. Do meu ainda escasso conhecimento das dinâmicas da comunidade portuguesa em Toronto e um pouco por todo o Canadá, creio poder afirmar que esta é uma instituição que a comunidade de língua portuguesa neste país merecia ter. Nesse mesmo sentido, os direitos trazem obrigações e essas cabem a todos/as os/as portuguesas/as e luso-descendentes em primeiro lugar e a todos os que de outras origens partilham connosco o português. E essas obrigações, penso que passam antes de mais por apoiar e acarinhar este projecto. E todos/as o podemos fazer, não precisamos de ser escritores, basta que tenhamos apreço pela leitura em língua portuguesa.         O propósito principal deste encontro hoje aqui no Consulado é permitir que os fundadores do Grémio apresentem este projecto e as várias iniciativas que se propõem desenvolver para dar a conhecer esta nova organização e cumprir os propósitos para que foi criada.         Sendo o já do vosso conhecimento que o português é hoje uma das línguas mais faladas no mundo creio ser chegada a altura de darmos passos concretos para o seu maior conhecimento e divulgação em terras canadianas. Por essa razão reitero que o saber falar português é assim cada vez mais não apenas uma forma de honrar um património cultural único mas também um instrumento que hoje pode ser essencial na obtenção de um emprego ou na concretização de um negócio, em Portugal, mas também em qualquer dos quatro continentes onde se fala a nossa língua.         Se como dizia o grande poeta Fernando Pessoa "A minha Pátria é a língua portuguesa", essa pátria, hoje, como nos séculos XV e XVI, podemos encontrá-la um pouco por todo o mundo. Por um lado, através da diáspora de portugueses e luso-descendentes, mas também nos povos que partilham connosco o uso da língua de Camões, língua que é um veículo de comunicação e de aproximação de nações e povos.          Por essa razão relembro essa afirmação de um dos nossos grandes poetas. Todas/os somos chamados a defender e a promover a nossa cultura e a nossa língua, no local de trabalho, na escola, nos espaços de lazer e de confraternização, quando entre portugueses, mesmo das gerações mais novas e por vezes com mais dificuldade, devemos sempre usar o português. Nessa mesma linha, a leitura de autores e de livros em português, romance, novela, poesia é um gosto e um hábito que deve ser ensinado e promovido junto dos mais pequenos. Essa é uma forma simples e acessível a todos de contribuir para a preservação da língua portuguesa.         Uma última palavra para agradecer o empenhamento de várias/os voluntários que com as suas diferentes contribuições, bem como a dos vários/as alunos/as de português que hoje aqui estiveram connosco, pela colaboração que prestaram a esta noite de Língua Portuguesa.         Espero que este final de tarde num ambiente de cultura portuguesa vos agrade e espero voltar a ver-vos brevemente nesta vossa casa. Muito obrigada (Dra. Maria Amélia Paiva)